quarta-feira, 28 de março de 2007

Munch, 1895.



Madonna
Edvard Munch, 1894-1895
Óleo sobre tela, 91 x 71 cm
em Nova Iorque, the Museum of Modern Art

domingo, 25 de março de 2007

Grupo C.



Obrigado Lobos!

1500.


Napoleão Cruzando os Alpes, de Jacques-Louis David. Por muito que apontes, meu caro, "O Dandy" vai sempre por onde lhe apetece...

"O Dandy" chegou às 1500 visitas, sendo que 500 pessoas (ou IPês) diferentes acederam a esta destilaria daquilo que o Dandy é. É um gosto saber que há amigos que aqui gostam de vir ler aquilo que um dandy pensa. É muito bom saber que há pessoas que se quedam por aqui, vindas de um qualquer motor de busca, realizando uma qualquer pesquisa inusitada. Há com cada pesquisa que redirecciona aqui...
Confesso que este blog, qual ser orgânico e irrepetível, me surpreendeu. Tentei "educá-lo" desde o princípio. Tentei fazer lhe ver o caminho da virtude, da sobriedade... Ele não me ouviu e decidiu viver para o hedonismo e para o escárnio.
É por esta razão que tanto me apetece continuar. Ele não é uma mera pedra que gravo conscientemente sem hipóteses de mutabilidade ao longo do tempo. Não... Este blog nunca vai por onde quero. É uma ligação directa ao meu inconsciente. É um deleite.
Obrigado.

quinta-feira, 22 de março de 2007

O Grotesco.



A televisão é um dos meus objectos preferidos. Tal como um dia confessei a alguém, “eu consigo encontrar beleza no grotesco”. A televisão é isso mesmo. Um meio, grande parte das vezes grotesco, de telecomunicar algo. A arte. A informação. O grotesco ensimesmado.

O problema surge quando, durante um jantar, a televisão se encontra ligada a transmitir o Grotesco de forma inexaurivelmente grotesca. Note-se: ter a televisão ligada enquanto se degusta um prato e dois dedos de conversa é, já de si, grotesco (e ainda assim, grotescamente belo)… Imagine-se agora o aliar desta ignobilidade à opção televisiva referida; o Grotesco de forma inexaurivelmente grotesca...!

“O Dandy” pondera actualmente a inauguração de uma rubrica dedicada aos seus desamores de estimação. Certamente que o Grotesco figuraria num dos honrosos primeiros capítulos.
Desgostar só por desgostar é catártico.

Infelizmente, o Grotesco arranjou uma boa razão para me causar aborrecimento fundado: perturbou-me o jantar.

Ellens dritter Gesang.


No Dandyphone: Franz Schubert - Ellens dritter Gesang.

Ave Maria! Jungfrau mild,
Erhöre einer Jungfrau Flehen,
Aus diesem Felsen starr und wild
Soll mein Gebet zu dir hinwehen.
Wir schlafen sicher bis zum Morgen,
Ob Menschen noch so grausam sind.
O Jungfrau, sieh der Jungfrau Sorgen,
O Mutter, hör ein bittend Kind!
Ave Maria!

Ave Maria! Unbefleckt!
Wenn wir auf diesen Fels hinsinken
Zum Schlaf, und uns dein Schutz bedeckt
Wird weich der harte Fels uns dünken.
Du lächelst, Rosendüfte wehen
In dieser dumpfen Felsenkluft,
O Mutter, höre Kindes Flehen,
O Jungfrau, eine Jungfrau ruft!
Ave Maria!

Ave Maria! Reine Magd!
Der Erde und der Luft Dämonen,
Von deines Auges Huld verjagt,
Sie können hier nicht bei uns wohnen,
Wir woll'n uns still dem Schicksal beugen,
Da uns dein heil'ger Trost anweht;
Der Jungfrau wolle hold dich neigen,
Dem Kind, das für den Vater fleht.
Ave Maria!


(Uma prece fabulosa, sublimada quando foi cantada pela única Maria Callas)

quarta-feira, 21 de março de 2007

Ditadores.


Os ditadores são figurinhas humanas muitíssimo interessantes.

Um exemplo de ditador atípico vem da Roma Antiga – Cincinnatus – que assumiu o cargo a pedido do Senado enquanto estava a lavrar a sua terra, para em pouco tempo vir a repelir as forças invasoras que perigavam Roma. Estando o propósito da sua nomeação esgotado, Cincinnatus, figura semi-lendária, abandonou o cargo a tempo de terminar o seu trabalho na lavoura, impedindo assim que a sua família morresse à fome.

Exemplos mais comuns serão os de sempre: Hitler, Mao Zedong, Kaddafi, Fidel Castro, A. J. Jardim (leia-se ei djei jardim), etc.…

Isto tudo para vos dar conhecimento de um site engraçado com o qual esbarrei recentemente; The Dictatorship.com. Este site dedica-se exclusivamente a analisar de forma mais ou menos séria a liderança dos ditadores que governaram ou governam o Globo.

Para aguçar o apetite apenas vos digo que existe no site um concurso que põe frente a frente diferentes ditadores de forma absolutamente aleatória, por forma a competirem ao longo de rondas, pelo objectivo de serem eleitos “o ditador dos ditadores”! Imperdível!


P.S.: Oliveira Salazar chegou à segunda ronda do primeiro concurso…

P.P.S.: Sou capaz de, um dia destes, escrever mais qualquer coisa sobre o Cincinnatus, ou sobre uma destas "figurinhas humanas muitíssimo interessantes".

segunda-feira, 19 de março de 2007

"Cockles and mussels, alive, alive oh!"



Um dia conto quem é esta menina de quem tenho saudades que todos os dias me corroem.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Mondrian, 1943.



Broadway Boogie Woogie
Piet Mondrian, 1942-1943
Óleo sobre tela, 127 x 127 cm
em Nova Iorque, The Museum of Modern Art

terça-feira, 13 de março de 2007

Origami.



Se me disserem que um qualquer indivíduo se encontra a representar Portugal num concurso de origami, acreditem que me interesso pelo facto relatado. Não por me interessar muito na arte de dobrar papel em formatos excêntricos (na verdade não nutro especial apreço pelo origami), mas sim por se tratar de um português que tem hipótese de fazer ver aos nossos concidadãos do Mundo "quem é que manda!".

É patriotismo? Nem sequer a isso deverá chegar. É puro bairrismo infundado. É genética. É um tudo-nada que nos faz cometer pequenos actos irreflectidos. É bom.

Estas linhas que precederam esta outra não são inocentes. O facto é que estou absolutamente chocado. Estou desgostoso. Estou nauseado com o resultado do XXXIX Festival RTP da Canção 2007.

Não vi o programa televisivo. Não me interesso muito pelos festivais da canção, nem pelos da Eurovisão. Não ouvi as canções a concurso. Excepto uma; a vencedora...

Saber que Portugal estará representado entre concorrentes da Europa e arredores, por uma coisa daquelas, é dilacerante. A canção chama-se Dança Comigo (vem ser feliz) e é cantada por uma simpática menina de sua graça Sabrina. O produtor é um senhor de seu nome Emanuel.

Não coloco aqui o vídeo da actuação. Nem eu, nem "O Dandy", nem o estimado leitor o merecem. No entanto deixo o link aqui, visto que "O Dandy", do cimo da sua tolerância, pretende respeitar aqueles que eventualmente poderão retirar prazer de espectáculo tão macabro. Boa Sorte.

We Have All the Time in the World.


No Dandyphone: Louis Armstrong - We Have All the Time in the World

We have all the time in the world
Just for love
Nothing more, nothing less
Only love

segunda-feira, 12 de março de 2007

Egas Moniz...



...não, não é o senhor que ganhou o prémio Nobel da Medicina em 1949 e que hoje em dia é demonizado por uns e outros. Este (António) Egas Moniz foi agraciado pela Academia Sueca devido a ter encontrado relevância na lobotomia pré-frontal para o tratamento de certas psicopatias. O Egas Moniz a quem dedico estas linhas foi aio de D. Afonso Henriques e de acordo com a História e com as lendas é uma das melhores personificações nacionais da Honra.

Passa-se que o nosso ainda-por-coroar-primeiro-rei estava cercado em Guimarães, pela tropa de Afonso VII de Castela, imperador de toda a Hispânia (sic). Julgando-se capaz de vergar o primo, Afonso VII exige-lhe um juramento de vassalagem. Corria o ano de 1127 e o nosso Afonso Henriques, na flor da idade (18), não estava nada para aí virado. Antes morrer que prestar vassalagem a esses proto-paelleros, que lhe cercavam a capital do condado.

Egas Moniz, que julgava possuir autoridade suficiente para negociar tréguas (pertencia a uma das cinco famílias mais importantes que apoiavam as pretensões independentistas portucalenses), dirige-se a Afonso VII e firma a submissão de Afonso Henriques. O primo castelhano aceita a negociata e levanta o cerco. É aqui que surge o busílis da questão: tudo correu bem por cerca de um ano... Até à batalha de São Mamede.

Esta célebre batalha em que o Sr. Henriques resolve esmagar as tropas da sua excelsa mãezinha, confirmando a sua liderança do condado, marcou o ponto de viragem na relação entre este e o seu primo. Farto de ser vassalo e de ver a sua autoridade perigada pelas ameaçadoras forças de Afonso VII, Afonso Henriques muda a sua capital para Coimbra e resolve as suas preocupações como melhor sabia: invadindo a Galiza em 1137.

O bom do Aio fica destroçado. A sua palavra estava manchada. O Afonso, cuja educação tanto esforço exigiu ao aio, foi guerrear contra o primo, quebrando o acordo e desonrando a palavra de Egas Moniz.

Outro teria ficado de braços cruzados, gozando os possíveis proveitos de tal acto. Egas Moniz, reza a lenda, vai a Toledo ter com Afonso VII, descalço e com uma corda ao pescoço, qual condenado à morte, entregar a sua vida ao rei estrangeiro. Não vai sozinho. Leva a sua mulher e os seus filhos. Estavam prontos para morrer pela sua Honra.

A lenda conta-nos que o rei castelhano se comoveu perante tamanha fidelidade à palavra dada. Ao que parece, este perdoou o Aio e mandou-os de volta ao condado. Consta também que para além de ter caído nas boas graças do primo castelhano, também assim aconteceu com o portucalense. Egas Moniz havia recuperado a sua Honra, ornamentada de novos favores pelos dois lados da fronteira.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Estrela da Tarde.


Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!



-José Carlos Ary dos Santos

quinta-feira, 8 de março de 2007

Inés...



Não eras capaz de te apaixonar por guevarismos baratos, como no The Lost City, pois não...?
(Inés Sastre - Aurora Fellove, em The Lost City)

quarta-feira, 7 de março de 2007

Dalí, 1951.



Cristo de São João da Cruz
Salvador Dalí, 1951
Óleo sobre tela, 205 × 116 cm
em Glasgow, the Kelvingrove Art Gallery and Museum

terça-feira, 6 de março de 2007

Dandy Inteligence Services.


Sendo "O Dandy" um paladino por causas próprias, constando destas o bom gosto, resolvemos em reunião de conselho marcial incumbir o Dandy Inteligence Services - DIS da seguinte missão: "a obtenção de planos para a criação de uma frota submarina moderna, capaz de gorar as intenções maléficas dos nossos inimigos extra-territoriais."

Estes jamais deverão lograr na sua tentativa de globalizar o mau gosto!

Desta forma, os nossos serviços secretos, não conseguindo obter os planos de um submarino de última geração, conseguiram arranjar algo de muito semelhante:

O Nautilus de Fulton, 1798.


Perguntarão os nossos leitores internacionais, preocupados com o potencial clima pré-beligerante que se está a instalar, muito por causa desta corrida às armas iniciada por nós: "Porquê? O que levou "O Dandy" a temer pela sua segurança e dos seus aliados?"

A resposta encontra-se nas imagens captadas por um infiltrado do DIS no seio do inimigo.

Chamo a atenção para o facto das imagens que se seguem serem passíveis de causar danos psicológicos aos mais susceptíveis, dado o seu teor de tortura visual:

segunda-feira, 5 de março de 2007

Rocinante.



O meu fiel rocinante.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Sol.



A última vez que senti, de um dia para o outro, uma tamanha diferença na respirabilidade do ar, foi de 17 de Março de 2002, para o dia seguinte.
De ontem para hoje, a sensação foi semelhante.
Os amigos percebem...

Distractions.


No Dandyphone: Zero 7 - Distractions

I only make jokes to distract myself
From the truth, from the truth...